Precisamos de:
- 2 velas, idênticas.
- 2 tigelas fundas, mais fundas do que a altura das velas preferencialmente iguais mas não necessariamente,
- fósforos, ou isqueiro,
- água, suficiente para encher as duas tigelas.
- Coloquem as duas tigelas num local onde possam ficar durante algum tempo sem atrapalhar;
- Coloquem as velas lá dentro;
- Encham uma das tigelas com água, deixem cerca de 1 cm da vela fora da água;
- Não coloquem água na segunda tigela;
- Acendam as velas, deve ser o adulto a mexer nos fósforos ou isqueiro;
- Esperem;
- Deixem os pavios arder, até que, a vela que está na tigela com água atinja o nível da mesma;
- Deixem arder mais um pouco;
- Observem.
A vela da tigela sem água arde normalmente, à medida que o pavio vai sendo consumido a vela vai diminuindo de tamanho, e a cera derretida vai escapando pelo bordo da vela.
A vela que está na tigela com água arde normalmente até ao nível da água, neste ponto, ou talvez uns milímetros antes, a vela começa a formar um "funil", impedindo a água de entrar em contacto com o pavio, e a vela continua a arder durante mais algum tempo.
Porquê?
Ambas as velas são consumidas pela chama do pavio, se as velas forem iguais podem mesmo constatar que elas ardem à mesma velocidade até a água seja colocada na equação.
Mas tudo se altera pela presença da água. A vela é consumida porque a cera é aquecida pela chama do pavio e derrete.
Quando colocamos uma vela a arder esperamos que ela derreta, mas quando a colocamos dentro de água esperamos que ela apague.
Mas a verdade é que podemos constatar por experimentação que ela não apaga, parece que a vela tem um instinto de sobrevivência, tal como o balão, e da mesma forma que o balão não rebentou, a vela também não apaga, em vez disso forma-se como que um buraco, um funil delimitado por paredes finas de cera protegendo o pavio da acção da água.
Isto acontece porque a água absorve muito bem o calor, é necessária uma quantidade enorme de calor para para alterar a temperatura da água.
Quando o pavio arde e transfere o calor para a cera, a cera do exterior da vela partilha a energia que recebe com a água, transferindo algum calor para o líquido permitindo-lhe continuar fria e consequentemente não derreter.
Este sistema é como o do balão, está equilibrado durante algum tempo, não até ao fim da vela, até porque num dado momento as paredes vão colapsar com a pressão (peso) da água a vela "afunda".
Isto é uma demonstração, transformem este ensaio numa experiência:
- fazendo variar o tipo de vela, quanto tempo aguenta acesa sem que a água apague o pavio?
- fazendo variar a temperatura da água na tigela, a vela fica acesa mais tempo?
Et voilá!
Há coisas que desafiam o bom senso
Divirtam-se
3 comentários:
Olha que interessante!
não é magia, é ciência!
e a magia confunde se com a ciência :)
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