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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Carbono, abundante e versátil- Pegada de carbono


O carbono é conhecido, produzido e utilizado desde os tempos pré históricos. O seu nome, num grande número de linguagens, deriva de madeira queimada (carbon), ou de giz (charcoal , porque permite escrever), era aliás por esta razão que o carbono já era conhecido nessa altura. Mesmo em Português dizemos que a madeira ficou carbonizada, ou seja transformou-se em carbono, em giz, em carvão....

O carbono pertence ao 14 grupo da tabela periódica, juntamente com o silício, o germânio, o estanho e o chumbo. Este elemento químico é designado por C, tem um número atómico de 6 e um peso atómico de 12.

O carbono é um dos elementos químicos mais curiosos, pode formar estruturas muito duras, aliás a estrutura mais dura do mundo é o diamante, e este não é mais do que uma estrutura de carbono, e estruturas muito fracas, exemplo disso é a grafite que não sendo a mais "mole" na escala de dureza (esse lugar é ocupado pelo talco) é uma das mais "moles". O diamante e a grafite são também duas das formas mais puras de apresentação deste elemento. Podemos encontrar grafite no interior dos lápis de carvão, a chamada "mina".

Apesar de acompanhar o ser humano desde os tempos pré-históricos, o carbono apenas foi considerado elemento químico nos finais do séc XVIII quando Antoine Lavoisier, um dos pioneiros da química, o descreveu como elemento não metálico.

A vida, tal como a conhecemos, seria impossível sem o carbono, todas as moléculas de "construção dos organismos vivos" têm carbono na sua constituição, mas não só só os seres vivos que beneficiam da presença deste elemento, os combustíveis fosseis, o dióxido de carbono e o metano, são apenas rês exemplos de moléculas constituídas à base de carbono.

Pegada de Carbono:

Esta expressão popularizou-se muito nas últimas duas décadas, com a assinatura do protocolo de Kyoto em 1997. Os países assinam tratados e acordos sobre a emissão e as cotas de carbono que cabem a cada um. Há países que negoceiam mais cota de emissão e depois vendem essa cota a países com menos cota. O facto é que a cota de emissão de carbono tornou-se moeda de troca, e passou de um assunto meramente ambiental, para uma questão económica e de desenvolvimento. Países como mais cota de emissão de CO" podem ter um tecido industrial "menos limpo", menos sujeito a regras ambientais, logo com uma produção mais barata, e consequentemente com produtos a preços mais competitivos no mercado mundial.

Imaginem que dado país X tem 350 cotas de emissão de CO2, mas que, segundo os seus cálculos só vai utilizar 250, esse país poderá vender as suas 100 cotas "a mais" a um segundo país Y que estime que vá precisar de  mais 100 do que aquelas que tem. Obviamente que o protocolo de Kyoto não pode ser reduzido a uma lisa de países e cotas (ou créditos) de carbono, este protocolo é muito mais do que isso, e prevê, entre outras coisas a implementação de projectos "verdes" nos países mais desenvolvidos, de forma a minimizar o impacto das suas emissões de CO2.

De cada vez que andamos de carro, ligamos uma lareira, acendemos uma fogueira, fumamos um cigarro... libertamos dióxido de carbono, já para não falar das fábricas e da queima de combustíveis fosseis. Por outro lado, de cada vez que deitamos abaixo uma mancha de árvores estamos a comprometer a reciclagem deste dióxido de carbono (para além de todas as outras consequências desta acção, nomeadamente a destruição de ecossistemas e, dependendo do local, a extinção de milhares de espécies animais e vegetais).

Individualmente não vamos conseguir parar a emissão de CO2 mas podemos fazer a nossa parte:
  • Podemos andar mais a pé ou de transportes públicos, por exemplo.
  • Podemos comprar e/ou investir num automóvel "mais limpo"; 
  • Podemos reciclar e reutilizar o lixo caseiro, isso irá diminuir a emissão de Dióxido de carbono do seu tratamento.  
  • Podemos não acender fogueiras em dias de calor e/ou vento,  estes dois factores são potenciadores de incêndios e as árvores são uma parte importante na reciclagem do CO2 em oxigénio (fotossintese).
Referências:
http://www.guardian.co.uk
http://antoine.frostburg.edu/
Et voilá!
Voltaremos ao carbono em breve

Divirtam-se!

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