Muito recentemente um estudo cientifico publicado na Animal Behaviour mostrou que os animais mais pequenos tendem a percepcionar o tempo em câmara lenta.
Os animais mais pequenos vêm o mundo que os rodeia em slow motion, ou seja, câmara lenta.
O que significa isto?
Significa que os animais mais pequenos conseguem observar o movimento numa escala de tempo mais fina. Isto é particularmente importante para escapar dos predadores maiores. Dito de outra forma, os animais mais pequenos vêm mais informação num segundo que uma pessoa ou um elefante, o que lhes permite uma rapidez de movimento excepcional. se já tentaram matar um mosquito ou uma mosca certamente já se deram conta que estes animais são "ultra-rápidos".
Segundo Kevin Healy, autor do estudo
"A capacidade de percepção do tempo em escalas muito finas pode significar a diferença entre a vida e a morte quando falamos de indivíduos que se movem muito rapidamente como os predadores e as suas presas".
Por esta rezão os animais maiores facilmente deixam escapar pequenas coisas que os mais pequenos percepcionam quase imediatamente.
Segundo este estudo os animais com o sistema visual mais rápido incluem esquilos, estorninhos e pombos.
Os estorninhos, por exemplo vivem em grandes grupos e formam bandos rodopiantes no céu, o que se pensa estar relacionado com o facto de terem necessidade de saber onde estão os seus companheiros e evitar colisões.
Um outro exemplo de desfasamento da capacidade de visão e capacidades motoras é a do escaravelho tigre, este animal corre mais depressa do que os seus olhos conseguem funcionar o que faz com que ele tenha de parar de vez em quando para perceber onde está. Segundo o estudo este animal essencialmente torna-se cego e tem de parar para reavaliar a posição da presa.
O estudo:
A equipa de investigação analisou a
variação da percepção do tempo através de um conjunto variado de
animais. Também fizeram a análise e a compilação de dados obtidos por
outras equipas que usaram uma técnica de medição denominada frequência crítica de fusão de cintilação, esta técnica mede a velocidade com que o olho processa a luz.
Colocando
estes resultados num gráfico os investigadores conseguiram observar um
padrão. Este padrão mostrou que existe uma forte relação entre o tamanho
do corpo e quão rápido os olhos podiam responder às mudanças das
informações visuais, como uma luz a piscar.
E o humanos?
Entre indivíduos existem algumas diferenças. alguns desportistas conseguem processar mais informação visual que o normal, vejam por exemplo o caso de um guarda redes que tem de se aperceber de onde e para onde vai a bola, e tem de se aperceber mais rápido do que os outros, caso contrário o golo é inevitável.
No caso do ser humano, segundo os autores do estudo existem também outras diferenças. Os indivíduos mais velhos, por exemplo, têm reflexos visuais mais lentos que uma criança. Andrew Jackson, co-autor do estudo refere que as crianças reagem mais rapidamente aos estímulos visuais do que os mais velhos e que esta característica vai desaparecendo à medida que as crianças vão crescendo.
"De uma perspectiva humana a capacidade de processamento de imagens limita a possibilidade de conduzir carros ou aviões muito mais rápido do que já conduzimos agora, pelo que estes animais desafiam o humanamente possível" Dr Jackson à BBC News.
"Por esta razão, andar mais depressa requer, ou assistência de computadores ou a melhoria significativa do nosso sistema visual através de drogas ou de implantes".
Fontes:
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-24078179
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0003347213003060
Et voilá!
"Assim, este trabalho destaca as capacidades impressionantes dos menores cérebros animais. As moscas podem não ser dotados de um pensamento complexo, mas podem tomar boas decisões muito rapidamente."
Divirtam-se!
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