Grutas de Mira d'Aire |
Concreção calcária e alongada, de volume variável, que é formada por soluções aquosas, ricas em carbonato de cálcio, originando-se, em geral, nos tectos das cavidades subterrâneas, devido à acção das águas que têm matérias calcárias em dissolução.
Estalagmite:
Grutas do Alvado |
in Dicionário de mineralogia e geologia ilustrado(*)
Fazer as nossas próprias estalactites e estalagmites pode parecer fácil, mas na realidade é um caminho cheio de variáveis e de pormenores a que temos de estar atentos.
Precisamos de:
- sulfato de magnésio, também chamado sal Epsom, podem comprá-lo numa drogaria,
- água,
- 2 copos idênticos, transparentes,
- Cordel de algodão, também funciona com tecido,
- 2 objectos pequenos que possam servir de contrapeso, podem ser clips,
- colher,
- panela pequena,
- um local onde os copos possam ficar imóveis durante alguns dias.
- Coloquem na panela 2 medidas de água, 1 medida=1 copo;
- Adicionem uma colher de sulfato de magnésio;
- Mexam;
- Repitam o processo até o sal não se dissolver mais na água, significa que a solução está saturada;
- Coloquem a panela ao lume, cuidado com as queimaduras;
- Coloquem mais sal e continuem a mexer, irão verificar que na água quente conseguem dissolver um pouco mais de sal, não deixem ferver;
- Dividam a solução pelos dois copos, tentem que o nível de água seja sensivelmente o mesmo nos dois copos;
- Coloquem os copos na superfície onde vão ficar imóveis durante algum tempo, alguns dias;
- Certifiquem-se que a distância entre eles é cerca de 1 copo e 1/2;
- Cortem um cordel ou um pedaço de tecido suficientemente grande para cobrir a distância entre o dois copos e bater no fundo do copos, deixando uma ligeira folga;
- Prendam os contrapesos às pontas dos fios;
- Coloquem os contrapesos dentro dos copos;
- Observem o fio e os copos todos os dias.
Ao fim de alguns dias verificarão que se forma uma pequena estalactite no cordel, com um pouco de sorte, se a superfície for adequada, formar-se-à também uma pequena estalagmite.
Porquê?
A água, onde dissolvemos o sal, vai "trepar" pelo tecido/cordel e viajar até ao final deste. Começa por fazer um caminho vertical, dentro do copo, e a certa altura é obrigado a fazer este caminho de uma forma horizontal, ligeiramente inclinada, é aqui que a força de gravidade etra em funcionamento e "puxa" a água e o sal para baixo. Como o cordel está inclinado a água viaja pelo cordel até ao seu ponto mais baixo, onde faz a curva, aqui a água pinga para a superfície, ma o sal, com moléculas maiores e, por isso mais intrincadas no cordel, oferece mais resistência à queda e vai-se acumulando no ponto da queda da água. Isto não significa que parte do sal também não caia com a água.
Costuma dizer-se que "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", e neste caso é verdade. A água vai pingando, e o sal vai-se acumulando, até que forma uma pequena estalagmite na base e uma pequena estalactite no cordel.
NOTA:
Este ensaio é bem mais complicado do que parece. Há diversas variáveis a ter em consideração:
- Quanto mais forte for a solução inicial melhores resultados obterão;
- Para optimizar os resultados podem embeber o cordel na solução antes de o posicionar;
- Quanto mais lentamente pingar melhor se formam as estalactites, se pingar muito rápido afastem os copos para aumentar a distância que a água tem de percorrer e diminui o ângulo de inclinação;
- Escolham uma superfície lisa, não se esqueçam que a madeira incha quando molhada.
- Experimentem utilizar diferentes tipos de cordel/tecido, ou mesmo toalhas de papel;
- Utilizem outros sais;
- Utilizem soluções menos concentradas;
- Variem o tempo de formação.
- Mudem uma variável de cada vez, ou não serão capazes de atribuir causa/efeito;
- Apontem tudo no vosso caderno para puderem tirar conclusões mais tarde.
Sources:
http://www.sciencekidsathome.com,
Dicionário de Mineralogia e geologia ilustrado
Et voilá!
Grutas caseiras
Divirtam-se!
1 comentário:
E tudo tão bem explicadinho!
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