Precisamos de:
- 1 copo de plástico transparente,
- 1 pano de lã,
- 1 fósforo, podem usar um palito
- 1 faca,
- 1 moeda de 2euros,
- 1 balão.
- Com a faca cortem a pontinha vermelha do fósforo, cuidado com os dedos!;
- Coloquem a moeda e pé numa superfície lisa, nós fizemos na tijoleira do chão;
- Equilibrem o fósforo em cima da moeda, esta é uma tarefa de paciência, provavelmente vão precisar de várias tentativas;
- Coloquem o copo de plástico em cima do conjunto, o mais centrado possível;
- Encham o balão, não encham demasiado porque com a fricção pode rebentar;
- Esfreguem o pano no balão durante algum tempo;
- Segurem o balão perto do copo, junto à zona onde a extremidade do fósforo está mais perto do copo;
- Desloquem lentamente o balão à volta do copo.
O fósforo move-se.
Porquê?
Acontece exactamente o que aconteceu com as bolinhas de papel, lembram-se?
O palito e o balão, tal como a moeda e o copo, são constituídos por átomos. Em condições normais, de repouso, estes átomos apresentam carga neutra, ou seja nula.
Quando esfregámos o balão no pano o que aconteceu foi que transformámos o balão, que estava em estado de repouso, com carga neutra, num objecto excitado, com carga eléctrica, neste caso negativa.
Então vejamos, no passo seguinte aproximámos um balão electrizado de um copo/palito/moeda em estado neutro, sem carga eléctrica.
Em primeiro lugar há que esclarecer que,
O copo está lá para:
- nos obrigar a manter sempre a mesma distância do balão ao fósforo, e evitar que se toquem;
- nos mostrar o caminho quando deslocamos o balão em circulo;
- não deixar outros factores, como as correntes de ar, influenciarem o movimento do fósforo.
- segurar o fósforo;
- servir de "pivot" para ele girar.
Então como se pode explicar a atracção do fósforo pelo balão?
A atracção entre um material carregado e outro neutro pode ser explicada utilizando-se a ideia da formação de dipolos eléctricos, fenómeno comummente citado como "separação de cargas" (na fig) Esta separação acontece quando o objecto neutro é submetido à acção de outras cargas eléctricas, neste caso as cargas eléctricas do balão, por isso o fósforo gira no sentido de rotação do balão, atraído pela sua carga eléctrica negativa.
Porque é que o fósforo gira e não é todo atraído para o balão?
Por varias razões:
É muito pesado, a fricção não é suficiente para criar uma força que o faça saltar;
Como aproximam o balão da ponta do fósforo esta zona do fósforo vai sentir-se mais fortemente atraída pela carga negativa do balão;
A moeda serve de pivot, ou seja de ponto de rotação, imaginem que apenas um pontinho do fósforo está apoiado num pontinho da moeda, e que por isso não há atrito e o fósforo está livre para girar, claro que não é bem assim, a zona de contacto é mais do que a ideal, e por isso existe atrito.
NOTA: A electrização só se dá entre materiais isolantes, os materiais condutores não tem a capacidade de reter cargas eléctricas, pois elas escoam pelo material.
Transformem esta demonstração numa experiência:
- Variem o tempo de fricção;
- Variem o o material utilizado para electrizar o balão (podem experimentar panos de seda, algodão, lã...);
- Variem a quantidade de ar no balão;
- Utilizem um palito, é mais leve;
- Retirem o copo da equação, conseguem fazer girar o fósforo? É mais fácil? É mais difícil?;
- Quando aproximam o balão do copo, faça-no numa zona longe da extremidade do fósforo... o que acontece? porquê?;
- Utilizem outras moedas, como influência o resultado final?
Não se esqueçam da primeira regra: Não fazer variar mais do que uma variável de cada vez.
Et voilá!
Quem consegue fazer rodar o fósforo mais tempo?
Divirtam-se!
1 comentário:
Hummm... vai ser um brilharete!!
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