Quem passa por cá

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Projecto ENCERRADO Projecto II/2013- vida nocturna no meu jardim.
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Datação por C14- Carbono 14

Durante muitos anos a determinação da idade de artefactos encontrados pelos arqueólogos era determinada pelo conhecimento adquirido em estudos anteriores. Os arqueólogos sabiam que determinado povo teria vivido naquele local em determinada época e assim determinavam a idade dos objectos com base nesse conhecimento. Graças ao desenvolvimento da ciência e à descoberta do isotopo de Carbono C14 é hoje possível estimar, de uma forma digna de um filme de ficção científica, a idade de um objecto, de uma múmia ou de uma ossada. Este avanço é de extrema importância em vários campos do conhecimento como a arqueologia, geologia ou a  geofísica.

Como já vimos no Mentes Irrequietas o Carbono é muito abundante e especialmente importante para a vida. As peças do puzzle que constituem os organismos vivos são constituídas essencialmente por carbono, sem carbono não existia vida na Terra, pelo menos tal como a conhecemos.

O método de datação or C14 foi desenvolvido logo após a Segunda Guerra Mundial por um grupo de cientistas, liderado por Willard F. Libby. Estimativas de datação por carbono radioactivo podem ser obtidas na madeira, carvão, água doe e conchas... ossos, depósitos de carbono...

O carbono (C) tem três isótopos naturais, o C12, o C13 e o C14. Os dois primeiros são estáveis, mas o C-14 é instável e degrada-se com um período de semi-vida de cerca de 5730 anos (ou seja, a cada 5730 anos decai para metade).

Quando o organismo morre, o carbono 14 continua a  degradar-se e não é substituído (o organismo está morto), a medição da quantidade de C14 presente no organismo permite determinar a idade deste.

Os primeiros testes da fiabilidade do método de datação por carbono-14 foram feitos pelo próprio Libby e seus colaboradores. Eles mediram a idade de uma amostra tirada da madeira de um caixão mortuário egípcio da época do faraó Zoser. Documentos históricos informavam que esse faraó viveu 2000 anos antes de Cristo. O carbono-14 forneceu um resultado em excelente concordância com o valor histórico.

Com o recurso à datação por Carbono os cientistas conseguem determinar a idade dos achados geológicos, biológicos e arqueológicos se estes tiverem até 10 vezes a idade de semi-vida do C14, ou seja cerca de 50.000 anos.

Limitações deste método:

Como todos os métodos químicos o método de datação por C14 tem algumas limitações, estas são apenas algumas:
  • O tamanho da amostra é importante, amostras maiores têm melhores resultados;
  • A contaminação das amostras é muito fácil de acontecer, é essencial que se protejam os ojectos e as amostras de forma eficaz para evitar a contaminação por Carbono 14 mais recente;
  • A degradação do C14 é logarítmica (recordemos que por cada 5730 anos ela decai para metade) logo os limites inferiores e superiores da curva são muito sensíveis. Para amostras muito recentes este método é ineficaz, o mesmo se verifica para amostras com mais de cerca de 50000 anos;
  • A concentração de C14 na atmosfera não é constante, alterações no campo magnético, na camada de ozono e na radiação que chega ao planeta durante a sua história são alguns dos factores que podem influenciar a quantidade de C14 na atmosfera. Numa tentativa de anular estes erros existem tabelas de calibração;
Dois exemplos:
  1. Manuscritos do  Mar Morto, foram encontrados em 1947, por acaso, por pastores enquanto procuravam  uma cabra extraviada. A datação com o C14 permitiu dar os documentos de cerca do ano 0, com um erro de 200 anos (para a frente e para trás)
  2. O Sudário de Turim, ou o Santo Sudário, foi recentemente datado, pelo resultado dos testes este pano, que se acreditava ter coberto o rosto de Jesus há 2000 anos, data afinal do ano 1250 a 1400 DC altura em que foi tornado público.

Referências
http://www.seara.ufc.br/
http://www.webelements.com/carbon/
http://educacao.uol.com.br
http://archserve.id.ucsb.edu

Et voilá!
A ciência tem destas coisas!
Divirtam-se!

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