Precisamos de:
- lápis,
- tesoura,
- papel,
- lápis,
- régua.
- Com a régua tracem várias linhas rectas paralelas na folha com 2 cm de distância umas das outras;
- Pintem as várias secções assim formadas, escolham as vossas cores preferidas e pintem como quiserem, podem inclusivamente pintar padrões;
- Dobrem a folha a meio, pelo eixo horizontal como na imagem (2), ficamos assim com um lado aberto e um lado fechado;
- Mantenham a folha dobrada e cortem-na pelas linhas, façam-no alternadamente como em (3), primeiro pelo lado aberto, depois pelo lado fechado e novamente pelo da aberto, até ao fim do papel. Reparem que o corte não vai até ao fim, deixem cerca de 1cm;
- Agora, que todos os cortes estão feitos (4), coloquem a folha, ainda dobrada em cima da mesa, e com a tesoura cortem o papel na zona em que está dobrado (5), ATENÇÃO: Não cortem o primeiro ponto dobrado nem o ultimo (6).
- Abram o papel, o que aconteceu?
A forma do papel altera-se, mas a sua área mantém-se. Na realidade esta demonstração é normalmente usada em sala de aula precisamente para demonstrar isso mesmo: "Apesar da forma do papel ser alterada a sua área superficial continua a mesma". Este é um princípio essencial da matemática.
Mas quando se corta o papel e se transforma um rectângulo num "colar" de ZigZag acontece outra coisa... o perímetro do rectângulo inicial é bastante menor que o perímetro do ZigZig. E este é um princípio básico da biologia.
A natureza tende para o menor dispêndio de energia, espaço e tempo. A selecção natural determina que só os mais fortes e bem adaptados ao meio conseguirão sobreviver, conseguir fazer mais com menos energia, mais em pouco espaço e mais rapidamente é, sem dúvida uma vantagem competitiva.
As rugas aumentam a área da nóz |
Na realidade este podemos observar este efeito e inúmeras situações tanto no reino animal como no reino vegetal.
No reino animal o exemplo mais flagrante é intestino delgado. O intestino de um adulto mede, em média, cerca de 9m, e consiste num tubo adelgaçado e maleável enrolado sobre si próprio na cavidade abdominal. Imaginem se a natureza não tivesse determinado que ele seria todo enrolado de forma a caber no abdómen? Cada um de nós poderia medir mais de 10 metros, o que seria pelo menos, um desperdício de energia- mais área de corpo mais área para manter quente. Se virmos bem as coisas se o intestino estivesse esticado provavelmente não seriamos como somos, provavelmente tínhamos sido eliminados pela selecção natural, ou não, mas tudo seria diferente.
E se o intestino fosse mais como o estômago? Um saco musculoso oco e cheio de suco intestinal mas que ocupasse a área abdominal do costume? Bem, nesse caso a área do intestino era enormemente menor e por isso seria muito menos eficiente, segregaria menos substâncias, a digestão demorava mais tempo, a absorção era infinitamente mais difícil, muito menos eficiente e o dispêndio de energia seria uma enormidade, na realidade não creio que fosse possível a digestão nos moldes em que a fazemos.
Ou seja:
Na mesma área abdominal o tubo é muito mais eficiente, pois enrola-se sobre si mesmo e consegue ter um tamanho muito maior.
Vilosidades Intestinais |
Ou seja:
A área externa mantém-se mas a área interna é aumentada pelas vilosidades.
Outro caso flagrante é o cérebro
Reparem na imagem, o cérebro está cheio de "rugas". Essas rugas fazem exactamente a mesma coisa que as vilosidades no intestino, aumentam a área útil do cérebro permitindo que este seja mais pequeno do que seria se fosse uma esfera lisa. Ainda bem que é assim ou seriamos todos irrequietos cabeçudos.
Et voilá!
Menos energia, menos espaço, menos tempo
Divirtam-se!
Sem comentários:
Enviar um comentário