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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

S. Martinho de Tours, o primeiro dos Santo não Mártires da Igreja Católica




Hoje é dia de S. Martinho, comem-se castanhas, bebe-se vinho novo, saltam-se fogueiras e todas as crianças pintam imagens de um guerreiro romano a cavalo ou de castanhas. Mas quem foi realmente este guerreiro a quem devemos, segundo a lenda, 3 dias solarengos no meio de dias invernosos?


Cronologia
S. Martinho de Tours nasceu no ano de 316, na Panónia (região da actual Hungria) e veio a falecer em Candes, perto de Tours.

S. Martinho era filho de um oficial Romano e por isso no ano de 330 junta-se ao exército onde pratica o ideal cristão.

Segundo os historiadores, após 7 anos de ter ingressado no exército dá-se o episódio da partilha da capa com os mendigos. S. Martinho abandona o exército e junta-se a Santo Hilário, partindo de seguida para Itália, com o objectivo de se juntar à família e evangelizar os seus conterrâneos.

Pouco tempo depois é expulso da sua terra (por causa do Arianismo) e isola-se numa Ilha do Mar Tirreno- Galinária. No ano de 361 regressa a Poitiers com S. Hilário e é fundada uma comunidade monástica (a primeira da Gália) a 6 km de Poitiers.
A saber:  "O Arianismo é uma heresia cristã fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egipto. A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como divindade."

S. Martinho torna-se Bispo de Tours em 371, cargo que ocupará cerca de 26 anos até à sua morte.
Morre em Candes perto de Tours em 397 e vai a enterrar no dia 11 de Novembro na cidade de que fora Bispo durante mais de um quarto de século.

São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires da Igreja Católica.

Padroeiro de inúmeras causas e cidades
São Martinho é o Santo padroeiro dos alfaiates, dos cavaleiros, dos pedintes, da restauração (hotéis, pensões, restaurantes), dos produtores de vinho e dos alcoólicos recuperados, dos soldados... dos cavalos, dos gansos, e orago de uma série infindável de localidades de Beli Benastir, na Croácia, a Buenos Aires, na Argentina passando por inúmeros sítios de Norte a Sul de Portugal.

Mas atenção, nem todas as cidades de Portugal, principalmente os "S. Martinho" no Norte do País, devem o seu nome a S. Martinho de Tours. Existem outros dois S. Martinho na lista de Santos da Igreja católica que podem estar na origem destes nomes, a saber:
  • S. Martinho de Dume e de Braga- bispo,  morreu em 579.
  • São Martinho de Soure (†1146) - cónego da sé de Braga martirizado pelos muçulmanos durante a Reconquista. Morreu em 1146 e é também chamado "Martinho Árias".
Celebração do Dia de S. Martinho
Acerca da altura do ano em que é celebrado o Dia de S. Martinho, escreve o  Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990)-conceituado etnólogo:
«O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)

Lenda de S. Martinho
Há muitas histórias que se contam de S. Martinho, ao que parece este soldado, que depois se tornou Bispo, terá operado inúmeros milagres durante a sua vida.

Em França, este verão de S. Martinho
é associado a uma história diferente
A história mais conhecida é aquela em que num dia de tempestade e muito frio, um soldado romano, de nome Martinho viajava entre Itália e França e cruzou-se com um mendigo cheio de fome e frio. Este soldado, que viajava comodamente sentado no seu cavalo, e bem quente pela roupa que vestia era já conhecido pela sua generosidade. Vendo o mendigo cheio de frio e quase nu, retirou a capa dos ombros cortou-a ao meio com a espada e cobriu o homem com uma das partes. Um pouco mais à frente encontrou um segundo mendigo a quem deu a segunda metade da capa e, sem capa, Martinho continuou a sua viagem debaixo de chuva, vento e frio. Pouco depois, como por milagre, o céu abriu, o Sol brilhou e a tempestade passou. Este bom tempo durou três dias. Desde aí, por esta altura, todos os anos, o céu abre-se, as tempestades vão embora e o Sol instala-se, surgindo um "verão" fora de época, este período é vulgarmente chamado "verão de S. Martinho".

Em França, este verão de S. Martinho é associado a uma história diferente, conta-se que as plantas floriram, as árvores ficaram de novo verdes e os pássaros começaram a cantar, à passagem do corpo do Santo, de Candes (onde faleceu) para Tours (onde foi enterrado).

Et voilá!
No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho! Boas castanhas
Divirtam-se!

fontes:
http://www.junior.te.pt
http://www.infopedia.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Martinho
http://smartinho.blogspot.pt

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